terça-feira, 23 de outubro de 2012

A França faz seu dever de casa: comercialização do milho NK603 não será suspensa


Com a manifestação das seis academias científicas francesas (http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/seis-academias-cientificas-francesas_9343.html), do ANSES e do HCB (http://www.franceinfo.fr/societe/ogm-le-hcb-et-l-anses-refutent-les-conclusions-de-l-etude-seralini-777045-2012-10-22), finalmente o Governo da França sentiu-se amparado a não revogar sua decisão de comercialização do milho NK603. Muito mais do que uma vitória dos produtores de semente e dos agricultores que querem optar pela biotecnologia, esta é uma vitória da ciência.


França não contestará licença de milho transgênico da Monsanto
Data da publicação: 22/10/2012

Paris, 22 de outubro de 2012 - O governo francês informou nesta segunda-feira que não tem motivos para questionar a licença do milho transgênico da Monsanto na União Europeia (UE) após a agência de segurança alimentar do país considerar que um estudo que liga a semente a câncer em ratos tem falhas e é inconclusivo. Um mês atrás, o governo francês disse que pediria a proibição imediata das importações do milho fabricado pela gigante americana pela UE se o valor científico do estudo conduzido pela Universidade de Caen, na França, fosse comprovado. Mas a agência francesa de segurança alimentar ANSES informou hoje que o estudo não conseguiu apresentar uma evidência científica para sustentar sua afirmação de que ratos alimentados por dois anos com o produto, conhecido como NK603, desenvolveram mais tumores e outras doenças severas do que o grupo alimentado por milho comum. "As conclusões alcançadas pelos autores não estão suficientemente apoiadas em dados", disse o diretor da ANSES Marc Mortureux Said. Segundo a agência, o número de ratos inclusos no estudo foi pequeno demais para se chegar a uma descoberta significativa em termos estatísticos. O governo francês disse que vai seguir as conclusões da ANSES sobre o estudo, mas acrescentou que vai patrocinar novas pesquisas de longo prazo sobre o impacto de transgênicos sobre animais e humanos. A Monsanto reiterou que não acreditava que as informações do estudo trariam quaisquer mudanças em relação à aprovação das compras de NK603 ou sobre a segurança de produtos geneticamente modificados. Já o professor Gilles-Eric Seralini, autor do estudo, disse continuar acreditando em seus resultados. O NK603 é amplamente utilizado em países como os Estados Unidos e o Brasil e a UE autorizou sua importação, embora não tenha aprovado seu cultivo (sugiro a leitura de http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/the-largest-experiment-with-human.html). A França entrou em atrito com outros países da UE por causa de outra semente de milho transgênico da Monsanto. As autoridades francesas suspenderam o uso da variedade MON810, permitida no resto do bloco, mesmo com a ordem de suspensão da proibição do Conselho de Estado francês.
As informações são da Dow Jones.   Fonte:  Agência Estado


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