Com a manifestação das seis academias científicas francesas
(http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/seis-academias-cientificas-francesas_9343.html),
do ANSES e do HCB (http://www.franceinfo.fr/societe/ogm-le-hcb-et-l-anses-refutent-les-conclusions-de-l-etude-seralini-777045-2012-10-22),
finalmente o Governo da França sentiu-se amparado a não revogar sua decisão de
comercialização do milho NK603. Muito mais do que uma vitória dos produtores de
semente e dos agricultores que querem optar pela biotecnologia, esta é uma vitória da ciência.
Vejam abaixo a reportagem sobre o posicionamento do governo,
obtida em http://www.faespsenar.com.br/geral/noticias/detalhe/franca-nao-contestara-licenca-de-milho-transgenico-da-monsanto/24975.
França não contestará
licença de milho transgênico da Monsanto
Data da publicação: 22/10/2012
Paris, 22 de outubro de 2012 - O governo francês informou
nesta segunda-feira que não tem motivos para questionar a licença do milho
transgênico da Monsanto na União Europeia (UE) após a agência de segurança
alimentar do país considerar que um estudo que liga a semente a câncer em ratos
tem falhas e é inconclusivo. Um mês atrás, o governo francês disse que pediria
a proibição imediata das importações do milho fabricado pela gigante americana
pela UE se o valor científico do estudo conduzido pela Universidade de Caen, na
França, fosse comprovado. Mas a agência francesa de segurança alimentar ANSES
informou hoje que o estudo não conseguiu apresentar uma evidência científica
para sustentar sua afirmação de que ratos alimentados por dois anos com o
produto, conhecido como NK603, desenvolveram mais tumores e outras doenças
severas do que o grupo alimentado por milho comum. "As conclusões
alcançadas pelos autores não estão suficientemente apoiadas em dados",
disse o diretor da ANSES Marc Mortureux Said. Segundo a agência, o número de
ratos inclusos no estudo foi pequeno demais para se chegar a uma descoberta
significativa em termos estatísticos. O governo francês disse que vai seguir as
conclusões da ANSES sobre o estudo, mas acrescentou que vai patrocinar novas pesquisas
de longo prazo sobre o impacto de transgênicos sobre animais e humanos. A
Monsanto reiterou que não acreditava que as informações do estudo trariam
quaisquer mudanças em relação à aprovação das compras de NK603 ou sobre a
segurança de produtos geneticamente modificados. Já o professor Gilles-Eric
Seralini, autor do estudo, disse continuar acreditando em seus resultados. O
NK603 é amplamente utilizado em países como os Estados Unidos e o Brasil e a UE
autorizou sua importação, embora não tenha aprovado seu cultivo (sugiro a leitura de
http://genpeace.blogspot.com.br/2012/10/the-largest-experiment-with-human.html).
A França entrou em atrito com outros países da UE por causa de outra semente de
milho transgênico da Monsanto. As autoridades francesas suspenderam o uso da
variedade MON810, permitida no resto do bloco, mesmo com a ordem de suspensão
da proibição do Conselho de Estado francês.
As informações são da Dow Jones. Fonte:
Agência Estado
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