por Rodrigo Peixoto (08/09/2011)
Uma das doenças mais importantes da cultura do feijoeiro, no Brasil, é o mosaico dourado. Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por um inseto-praga chamado mosca branca, a qual coloniza também muitas espécies de plantas cultivadas e selvagens. Somente no Brasil as perdas devido a essa praga são estimadas entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente, quantidade que seria suficiente para alimentar entre 6 e 20 milhões de brasileiros adultos. Além disso, pelo menos 200.000 hectares estão atualmente inviabilizados para o cultivo do feijoeiro.
A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.
Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.
Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com 5 tipos de feijão cultivados por 5 anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.
Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura , com o necessário cuidado à sustentabilidade do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro transgênico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros.
Mais informações:
Secretaria de Comunicação
61 34484012/34484113/34484039
A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.
Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.
Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com 5 tipos de feijão cultivados por 5 anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.
Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura , com o necessário cuidado à sustentabilidade do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro transgênico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros.
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