No site da ASPTA o Movimento Por um Brasil livre de Transgênicos mostra-se descontente pela posição nacionalista do presidente da CTNBio, Dr. Edilson Paiva. E compara seu comportamento com o de Aldo Rebelo (http://aspta.org.br/campanha/boletim-549-05-de-agosto-de-2011/).
Porque a comparação? Para alinhar a questão da liberação do feijão transgênico com a questão, totalmente diversa, da reforma do Código Florestal. Este alinhamento só atende ao tratamento ideológico e francamente anti-científico do movimento da questão da biossegurança das plantas transgênicas. A oposição que o movimento sistematicamente mantém, em especial no caso do feijão, é inteiramente insustentável porque o novo feijão não produz qualquer proteína diferente das do feijão comum e tem a mesma composição dele. A questão do feijão evidentemente NÃO GUARDA qualquer relação com a questão do Código Florestal.
O que há de errado em ser nacionalista, em geral, e em relação ao nosso domínio da moderna biotecnologia, em particular? Evidentemente, nada. Porque o movimento se opõe a isso? Que relação tem esta crítica com o fato do movimento ser articulado em muitos países da América Latina e do Mundo e ser apoiado por instituições estrangeiras, como a fundação de um certo partido alemão? Deixamos ao leitor a tarefa de tirar suas conclusões.
No seu post o movimento insinua que a CTNBio deveria aceitar as críticas do CONSEA. Porque deveria ser assim? O CONSEA NÃO É o órgão responsável pela avaliação de risco de OGMs. Tampouco seus membros têm a qualificação técnica necessária a isso. Quando o Ministro Mercadante enfatiza que a análise deve refletir a pluralidade de visões não quer dizer, de forma alguma, que opiniões que denigrem o trabalho da CTNBio devam ser aceitas sem defesa. A pluralidade de visões deve fazer parte de todos os fóruns, inclusive do CONSEA, e de fato existe na CTNBio, como pedido pelo Ministro, mas as decisões finais são obtidas por maioria, porque assim funciona a ciência e assim funciona a CTNBio, que é um órgão técnico, e não político.
As “críticas” à avaliação de risco da CTNBio são burocráticas e desprovidas de fundamento. Isso já foi amplamente discutido, depois da audiência pública, nas setoriais e na plenária da CTNBio.
O resto do post é um aglomerado de acusações à pessoas e de suspeitas infundadas. O que o movimento sabe, mas não quer admitir, é que sua causa já está perdida faz tempo. Que fale, contudo, é o "jus esperneandi"
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