sábado, 15 de fevereiro de 2014

AS-PTA X CTNBio: quem ganha e quem perde com novas normas de coexistência para milho transgênico?

Um grupo de ONGs, capitaneadas pela AS-PTA, está pedindo que a justiça determine a suspensão das normas de coexistência para milho transgênico e convencional, editadas pela CTNBio anos atrás e que compõem a resolução normativa no. 4 (http://aspta.org.br/campanha/663-2/) . Há sentido neste pedido?

As ONGs afirmam que novos estudos mostram claramente que há “contaminação” de milho convencional por pólen de milho transgênico, mesmo quando se respeitas as regras da RN-04. Ora, se estes estudos existem e se de fato merecem qualquer credibilidade, porque não foram trazidos à CTNBio? É obrigação da CTNBio rever qualquer nova evidência e, dentro da CTNBio, há membros que estão umbilicalmente ligados à AS-PTA e ao movimento agroecológico brasileiro. Porque estes membros não trouxeram as “evidências” à discussão na CTNBio? Porque apelar para a via legal, fazendo com que juízes, que não são especialistas no assunto julguem algo que é da alçada da CTNBio?


Claramente, há aqui uma estratégia para por obstáculos à biotecnologia agrícola, sem necessariamente proteger os agricultores que optaram por não plantar transgênicos. O fórum errado não vai contribuir em nada para acelerar uma tomada de decisão, seja ela rever a normativa ou editar uma nova. Uma vergonha.

Um comentário:

  1. Depois de idas e vindas o TFJ4 julgou improcedente a demanda da AS-PTA e seus parceiros e só aprovou coisas que não afetam em nada a biotecnologia nem a CTNBio., A notícia foi vendida como uma grande vitória da oposição aos transgênicos, mas foi de fato uma marga derrota. Vejam os detalhes em http://genpeace.blogspot.com.br/2014/03/justica-proibe-venda-de-milho.html

    ResponderExcluir