Notícia saída na Nature Biotechnology em 07 de junho de 2012
Jeffrey L Fox, Nature
Biotechnology 30, 472 (2012) doi: 10.1038/nbt0612-472
A FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos aprovou em maio uma nova droga
denominada Elelyso (taliglucerase alfa), uma enzima produzida em células de cenoura
geneticamente modificadas para tratar a doença de Gaucher do tipo 1. Este é o
primeiro medicamento feito por plantas transgênicas aprovado pelos reguladores,
e para a empresa israelense Protalix BioTherapeutics de Carmiel, é o primeiro
produto feito em seu sistema ProCellEx de expressão de proteína que chega ao
mercado. A plataforma de célula de planta produz proteínas recombinantes com
uma estrutura de aminoácidos e glicanatos semelhante ao produzido naturalmente pelos
genes homólogos humanos. Cerca de 10.000 pacientes em todo o mundo têm a doença
de Gaucher, uma doença genética rara em que os indivíduos não conseguem
produzir a enzima glicocerebrosidase. O Elelyso, uma forma recombinante da
glucocerebrosidase humana, que é injetável, substitui a enzima e assim previne
a acumulação de lípidos em órgãos e tecidos, o que leva a danos no fígado e
baço, à anemia e plaquetopenia e problemas de ossos. A Protalix e sua parceira
nos EUA, a Pfizer de Nova York, estão comercializando o Elelyso por um preço
25% inferior ai do Cerezyme (imiglucerase), produzido pela Genzyme, líder de
mercado, com o que esperam convencer os médicos e pacientes a mudar de droga e
marca. Eles também estão apostando na confiabilidade da plataforma, como
contraponto às interrupções de fornecimento de enzimas comparáveis para
tratar a doença de Gaucher e doença de Fabry provocadas pela Genzyme, subsidiária
da Sanofi, com sede em Paris, (Nat. Biotechnol.28, 994 , 2010). A Pfizer e sua sócia está tentando posicionar o
Elelyso como o produto mais confiável no mercado, com o lançamento de um
"programa de continuidade de fornecimento", garantido por 24 meses.
Elas também desenvolveram vários programas para ajudar indivíduos com doença de
Gaucher a pagar tratamentos com este novo produto. Pode ser tarde demais, no
entanto, para ganhar uma quota de mercado significativa. Um ano atrás, no auge
das interrupções de fornecimento que afetavam a produção da enzima pela Genzyme,
o produto Protalix-Pfizer estava ganhando uma participação majoritária, mas
atrasos na aprovação de regulamentação do produto à base de plantas pode
significar que essa oportunidade foi perdida. Trabalhando em paralelo à sua
linha de produção atual, a Genzyme em Cambridge anunciou os resultados de quatro
anos de um ensaio clínico de fase 2 para uma versão administrada por via oral
de seu tratamento para a doença de Gaucher tipo 1, o tartarato de eliglustato. A
Shire, baseada na Irlanda, também tem um produto concorrente injetável para o
tratamento da doença de Gaucher, chamado VPRIV (velaglucerase alfa).
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