sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Matt Ridley JSM Award 2012 - Pessimismo Malthusiano ou otimismo Simoniano

A primorosa tradução do texto original foi feita pelo Prof. Francisco Gorgônio da Nóbrega e está disponível aqui para o deleite dos leitores de GenPeace

Matt Ridley é autor premiado. Escreveu Genome, The Agile Gene e The Rational Optimist. Recebeu em 2012 o Julian Simon Memorial Award concedido pelo Competitive Enterprise Institute. Segue sua palestra ao aceitar o prêmio em 8 de março de 2012. A tradução para o português (Francisco G. Nóbrega) contou, nessa versão 3, com a revisão competente de Adolfo J. Mota e sugestões de Marina P. Nóbrega. Uma transcrição em inglês e a palestra em vídeo estão disponíveis nos endereços (28/11/2013):


Matt Ridley


                Faz 32 anos, quase um terço de século, desde que Julian Simon pregou suas teses à porta da igreja eco-pessimista ao publicar seu famoso artigo na revista Science: "Resources, population, environment: an oversupply of false bad news" (Recursos naturais, população e meio ambiente: um excesso de más notícias falsas). Passaram-se também 40 anos desde que "The Limits to Growth" (Os Limites ao Crescimento) e 50 anos desde que "Silent Spring" (Primavera Silenciosa) foram publicados. Tempo suficiente para refletir se o mundo seguiu o pessimismo Malthusiano ou o otimismo Simoniano.
                Antes de prosseguir, desejo lembrar quão duramente Simon foi atacado por dizer que achava que as más notícias estavam sendo exageradas e as boas notícias minimizadas. Verbalmente pelo menos, o tratamento dispensado a Simon foi em tudo tão duro quanto à Martin Luther. Simon foi chamado de imbecil, bobão, ingênuo, ignorante, crente em uma Terra chata, membro da extrema direita, e Marxista. Paul Ehrlich disse: "Será que os editores encontraram, para avaliar o manuscrito de Simon, alguém que precisa tirar seus sapatos para contar até 20?" Ehrlich juntamente com John Holdren iniciaram uma crítica intensa, acusando Simon de mentir sobre a redução dos preços da eletricidade. Aconteceu que basearam sua crítica em um engano tipográfico presente numa tabela, erro descoberto por Simon, que ligou para o editor da informação. Quando soube, Ehrlich comentou: "que cientista telefonaria para o autor de uma fonte oficial de dados para ter certeza de que não haveria erros tipográficos numa série de números?" Resposta: quem gosta de ter certeza dos fatos que divulga.
                No entanto, apesar de todas as análise impiedosas, seus críticos nunca conseguiram acertar Julian Simon naquela época ou mais tarde. Não consigo me lembrar de um único fato importante, dado numérico ou mesmo previsão em que ele eventualmente tenha se enganado. Em algumas questões triviais ele errou, porém no que era importante, sempre esteve certo. Leia novamente o artigo de 1980* e confirmará o que estou dizendo.
                Vou tirar algumas lições da luta de Julian Simon com o minotauro Malthusiano, e também de minha incauta decisão de seguir suas pegadas - assim como as de Bjorn Lomborg, Ron Bailey, Indur Goklany, Ian Murray, Myron Ebell e outros - nesse labirinto, um par de décadas depois.
                Viajem comigo até 1971 e lembrem-se da contínua torrente de previsões de desgraças e destruição que bombardearam, nas décadas seguintes, todos que àquela época eram adolescentes: os adultos me diziam, com terrível certeza, que a explosão populacional era incontrolável, a fome global inevitável, a produção agrícola iria se reduzir, seria fútil ajudar a Índia com alimentos, nossas vidas seriam abreviadas devido a uma epidemia de câncer causada por pesticidas no ambiente, os desertos cresceriam 2 milhas por ano, o risco de contaminação atmosférica por resíduos de explosões atômicas era crescente, um inverno nuclear seria a inevitável consequência de uma igualmente inevitável guerra atômica, pandemias causadas pelos vírus Ebola, Hanta e pela Gripe Suína estavam para estourar, a decadência das cidades era irreversível, a chuva ácida destruiria nossas florestas, os vazamentos de óleo estavam aumentando, o crescimento econômico estava cessando, as desigualdades cresceriam globalmente, o petróleo e o gás natural em breve se esgotariam assim como as reservas de cobre, zinco, cromo, estanho, tungstênio e muitos outros recursos naturais, a poluição urbana estava aumentando, os Grandes Lagos iam morrer com a poluição, dezenas de espécies de aves, mamíferos e peixes estavam desaparecendo a cada ano, uma nova idade do gelo estava chegando, o número de espermatozóides decrescia, a doença da vaca-louca mataria centenas de milhares de pessoas, plantas daninhas invasoras geneticamente modificadas devastariam os ecosistemas, a nanotecnologia causaria sérios danos, os computadores falhariam na virada do milênio arrastando consigo parte de nossa civilização, a neve de inverno se tornaria uma raridade, a frequência de furacões seria maior, mais pessoas seriam acometidas de malária, as mudanças climáticas eliminariam espécies, o clima alterado levaria à morte de muita gente, e o aumento do nível do mar seria acelerado. Tudo isto era divulgado intensa e ruidosamente na mídia convencional e com frequência. Não estou me referindo a publicações obscuras. Vejam o sumário editorial do livro "Os Limites do Crescimento" (The Limits to Growth): "Será este o mundo cujo legado nossos netos agradecerão? Um mundo no qual a produção industrial caiu a zero. No qual a população sofreu um declínio catastrófico. No qual ar, mar, e solo estão poluídos de maneira irrecuperável. No qual a civilização será uma memória distante. Este é o mundo previsto pelos computadores." Vejam bem, não foi ninguém, foram os computadores que previram....
                Exceto para um punhado de questões ainda não resolvidas, cada uma das previsões listadas estava errada e não por pouco, mas 180 graus na direção oposta. Nos 40 anos desde 1971, a taxa de crescimento populacional caiu quase para metade, a fome se tornou rara, o rendimento médio da agricultura dobrou, a Índia tornou-se exportadora de alimentos, a duração média da vida aumentou cerca de 25% no planeta, a incidência de cânceres ajustada pela idade caiu, o Sahel tornou-se mais verde, a contaminação radioativa devido a testes atômicos caiu 90%, 2/3 das armas atômicas foram desmontadas, não aconteceu nenhuma pandemia viral, muitas cidades floresceram, a cobertura florestal cresceu modestamente, os derramamentos de óleo nos oceanos sofreram redução de 90%, houve uma explosão de desenvolvimento econômico global, as desigualdades se reduziram claramente enquanto os países pobres cresciam mais que os ricos, as reservas de óleo e gás se expandiram, o preço de metais despencou, a poluição atmosférica urbana nos países desenvolvidos melhorou em pouco tempo, os Grandes Lagos se purificaram, a Idade do Gelo não chegou, a velocidade de extinção de espécies de aves e mamíferos permaneceu baixa, a contagem de espermatozóides se estabilizou, a doença da vaca-louca em 20 anos matou não mais que 176 pessoas, cultivares geneticamente modificados aumentaram a biodiversidade nos campos, a nanotecnologia não causou problemas, os computadores sofreram pouco na virada do milênio mesmo em países que nada fizeram para se proteger do Y2K como a Itália e a Coréia do Sul, a cobertura de neve no Hemisfério Norte sofreu um pequeno acréscimo, a energia acumulada em ciclones tropicais atingiu os níveis mais baixos, a malária continuou recuando, nenhuma espécie foi extinta devido à mudança climática, as rãs douradas foram dizimadas por um fungo e não pelo aquecimento global, poucas pessoas morreram devido á extremos no clima, e o aumento do nível do mar não se acelerou.
                Novamente Simon estava certo e seus críticos errados. Não seria bonito se apenas uma dessas pessoas que o ofendeu se erguesse e admitisse que errou? Nós, otimistas, ganhamos cada argumento intelectual, mas não fizemos diferença. Os livros texto de minha filha divulgam as mesmas lamentações Malthusianas dos textos que usei.
                O que torna tão difícil divulgar nossa mensagem? Penso que a atitude ecopessimista pode ser descrita por cinco características: falta de visão histórica, incompreensão do que seja finitude de recursos, é estática, está eivada de interesses pessoais e é complacente com o estágio atual do conhecimento. Em outras palavras: a visão ecopessimista ignora a história, interpreta de maneira errada o conceito de finitude, pensa de maneira estática, tem interesses pessoais em destruição e desgraça e não percebe a importância da inovação.
                Em primeiro lugar, as pessoas costumam ter memória curta. Não apenas ignoram como desconhecem a lamentável coleção de enganos dos ecopessimistas. O fato de todas as previsões terríveis que mencionei terem sido levadas a sério em seu tempo, atraindo a aprovação dos grandes e dos bons, deveria, a meu ver tornar as pessoas mais céticas ante às afirmações comuns hoje, sobre mudança climática. Foi isso que me motivou a procurar evidências reais sobre mudança climática. Quando procurei, não encontrei um único dado objetivo - além de modelos - que confirmasse ser esta uma mudança climática não usual, ou mudança que poderia causar dano real. No entanto ao comentar esse aspecto com um cientista do clima ele, de pronto e de maneira jocosa disse: "o fato que pessoas tenham errado no passado não as torna erradas agora", como se essa observação encerrasse o debate definitivamente.
                Em segundo lugar é muito difícil para as pessoas compreenderem o argumento de Simon: "apesar de parecer estranho, o termo finito é, não apenas impróprio, mas realmente enganador quando aplicado a recursos naturais".  E ele prossegue: "encontramos novas reservas de minérios, inventamos métodos de produção melhores e descobrimos novos substitutos, portanto o conhecimento insuficiente é a limitação real de nossa capacidade de obter quantidade ilimitada de materiais básicos a preços aceitáveis". Este ponto é profundamente contraintuitivo.
                Por sinal, existe uma demonstração melhor dessa tese de Simon que a atual revolução do gás de xisto? O gás de xisto sempre esteve lá, o que fez dele uma riqueza natural foi o conhecimento - a tecnologia prática desenvolvida por George Mitchell no Texas. Este conhecimento transformou o cenário energético do planeta.
                Por outro lado, como expliquei em outra ocasião, são as riquezas renováveis - supostamente infinitas - que costumam se esgotar: baleias, florestas, búfalos. É um fato impressionante, mas nenhum recurso não renovável chegou próximo de sua exaustão, enquanto muitos renováveis já se foram.
                Por sinal, notaram algo importante sobre os combustíveis fósseis? Somos as únicas criaturas que os usam. Isso significa que usando petróleo, carvão ou gás, não estamos competindo com outras espécies. Quando usamos madeira, ou plantas, energia da água e mesmo do vento, estamos afetando outras espécies. Não há dúvida de que a política mundial que encoraja o uso da bioenergia, seja na forma de madeira ou etanol, é ruim para a vida selvagem - compete com ela por solo, florestas ou alimento. Imaginem um mundo no qual dependeríamos de plantas e madeira para gerar toda a energia necessária e então aparece alguém que nos explica que, sob o solo, existe esse material que podemos usar e não mais vamos ter que roubar o lanche da biosfera. Não precisa imaginar... Foi isso precisamente o que aconteceu  durante a revolução industrial.
                Em terceiro lugar a visão Malthusiana é fundamentalmente estática. A visão de Julian Simon é fundamentalmente dinâmica. Repetidamente quando discuto com os "verdes" descubro que eles simplesmente não conseguem compreender as dinâmicas na Terra: preços provocando a substituição de recursos e o dinamismo dos ecossistemas, algo que não encontra abrigo na ecologia dos "verdes". Veja a malária. Os ecopessimistas até recentemente insistiram que a malária iria se tornar mais prevalente no mundo mais quente do século 21. Mas Paul Reiter tem lhes dito inutilmente, que isto não faz sentido. A malária desapareceu da América do Norte, Rússia e Europa e recuou dramaticamente na América do Sul, Ásia e África durante o século 20, quando o mundo se aquecia. Não foi porque o mundo ficou mais hostil para os mosquitos. Foi porque passamos a morar em casas, secamos pântanos e usamos DDT e medicamentos antimalária, etc. Os seres humanos não são alvos estáticos. Eles se adaptam.
                Meu quarto ponto, que explica porque os argumentos de Simon caem em solo pedregoso, é que tantos têm um interesse pessoal em catástrofes. Embora odeiem admiti-lo, o movimento ambientalista e a comunidade científica são mercados abertos vigorosos, saudáveis, competitivos, impiedosos, no qual gigantes corporativos competem por doações, auxílios, subsídios e publicidade. A melhor maneira de conseguir tudo isso é ligar o alarme. Se sangrar vai em frente. Boa notícia não é notícia. Imagine quanto dinheiro vai conseguir se divulgar um anúncio dizendo: "pensamos no momento que a mudança climática será suave e lenta, no entanto façam doações, por favor". As somas envolvidas são verdadeiramente impressionantes. Greenpeace e WWF, a General Motors e a Exxon do movimento verde, em conjunto, gastam mundialmente cerca de um bilhão de dólares por ano. A WWF gasta, apenas em propaganda, US$ 68 milhões. Francamente Julian, Bjorn, Ron, Indur, Ian, Myron e eu estamos cuspindo contra o vento.
                Meu quinto ponto, ironicamente é a autossatisfação, a complacência, com a situação atual. Os ecopessimistas são os Panglossianos de hoje, pois acreditam que o mundo será melhor sem que desenvolvamos novas tecnologias. Não adotemos alimentos GM - vamos nos amarrar nos pesticidas. Já existiu uma doutrina mais autossatisfeita e contrária a mudanças que o princípio da precaução? Não tente nada até que tenha certeza que é seguro. Como se o mundo fosse perfeito. Somos nós, os eco-otimistas, ironicamente, que estamos agudamente conscientes de quão miserável o mundo ainda é e quão melhor podemos torná-lo: na verdade quão perigosamente dependentes ainda somos da invenção de mais e novas tecnologias. Tive um bom exemplo recente em debate com um alarmista climático. Ele insistia que o risco devido ao aumento do dióxido de carbono era imenso e que portanto deveríamos cortar drasticamente, em torno de 90%, nossas emissões. Em vão tentei mostrar que cortar as emissões a este nível causaria maior dano aos pobres e às florestas tropicais que o dano causado pelas próprias emissões. Que isso seria análogo a tratar um resfriado com quimioterapia ou usar um torniquete no pescoço para interromper um sangramento no nariz.
                Meu antigo patrão, The Economist, gosta de uma versão da aposta de Pascal ou seja mesmo que seja pequeno o risco de mudança climática catastrófica, o impacto pode ser tão avassalador que devemos nos empenhar a qualquer custo para evitá-lo. Tenho tentado persuadi-los que a mesma lógica se aplica à redução das emissões. Por pequeno que seja o risco de que a redução de emissões leve a uma devastação planetária, devemos impedir a todo custo que isso aconteça, incluindo o pequeno risco das emissões destabilizarem o clima. Dê uma olhada no Haiti e entenderá que eliminar os combustíveis fósseis é um risco ambiental enorme. Isso é o que entendo por autossatisfação/complacência desinformada: ignorar que possamos descarbonizar a economia sem causar dano ecológico severo, ignorar que possamos estancar o comércio global sem levar os pobres à fome, ignorar que possamos nutrir sete bilhões de humanos com alimentos orgânicos sem acabar com as florestas tropicais.
                Tendo homenageado Julian Simon por suas ideias, vou discordar dele num aspecto. Penso que discordo, embora possa estar errado. Ele argumentou (algo para mim extraordinário e repulsivo quando pela primeira vez ouvi e ainda era um jovem ecopessimista ortodoxo): quanto mais pessoas tivermos no mundo mais invenções teremos. As pessoas são cérebros e não apenas bocas, trazem soluções e não apenas problemas. Ou como alguém disse: porque o nascimento de um bebê seria causa de preocupação, enquanto o de um bezerrinho uma boa esperança? Atualmente existe uma versão deste argumento que - por razão peculiar - é popular entre acadêmicos, segundo a qual havendo mais pessoas, haverá maior chance de alguns se tornarem Messias científicos ou tecnológicos.  Julian Simon parece estar neste campo. Se estivesse entre nós hoje - por Zeus, gostaria que estivesse - eu tentaria persuadi-lo que este não é o ponto, o que conta não é o número de pessoas, mas quão eficientemente elas estão se comunicando. Eu lhe contaria as evidências recentes da Tasmânia Paleolítica, da Europa Mesolítica, do Pacífico Neolítico e da internet de nossos dias, demonstrando que é o comércio e a troca que geram inovação, por meio do encontro e casamento de ideias.
                É um mito pensar que o gênio é solitário, algo estimulado pelos prêmios Nobel e pelo sistema de patentes. Concluo que pessoas menos inteligentes são tão importantes quanto as particularmente brilhantes; que a inteligência coletiva que nos legou um progresso incrível nos padrões de vida depende mais desse encontro e cruzamento de ideias que do número de pessoas. Daí resulta que populações pequenas como em Atenas, Gênova ou na Holanda podem subitamente liderar o mundo. Porisso não há inventores para a telefonia celular, a internet e mesmo o fenômeno Al Gore... Estranhamente os acadêmicos não gostam desse argumento. Não conseguem entender, com suas cabeças pontudas, que pessoas comuns impulsionam a inovação via trocas e especialização. Estou seguro que Julian Simon entendeu isto, embora sinto que ainda namorava a outra teoria.
                A grande aventura humana apenas começou. A coisa mais verde que podemos fazer é inovar. A coisa mais sustentável que podemos fazer é promover mudanças. O único limite é o conhecimento. Julian Simon, obrigado por essas revelações. E obrigado por este prêmio.


* http://www.ce.cmu.edu/~gdrg/readings/2007/09/27/Simon.pdf

***

Informações adicionais
Blog do Mark Ridley: www.rationaloptimist.com

Leitura essencial: o artigo do Julian Simon. Passados mais de 30 anos, ele continua atualíssimo. Leia todo o artigo e tenha especial atenção ao seu fechamento: “Why Do We Hear Phony Bad News?”. Link para o artigo: http://www.ce.cmu.edu/~gdrg/readings/2007/09/27/Simon.pdf.   

domingo, 12 de janeiro de 2014

The incredible flat world of Monsanto – Reply

Some days ago (January 8, 2014) the anti-GMO activist Barbara H. Peterson published in Farm Wars a post suggesting that the recent paper from Stergachis and colleagues pointed to evidences that “DNA manipulation can create mutations due to ignorance of gene control mechanism”. She went further on, writing a virulent, non-science based libel against biotechnology.
I strongly suggest the download and reading of the paper from Stergachis and his colleagues (https://www.sciencemag.org/content/342/6164/1367.full.pdf).
The original paper has no suggestions that "DNA manipulation can create mutations due to ignorance of gene control mechanism". The paper was dedicated to analyze promoters in natural genes, it does not speculate about mutations, but just on codon usage, and at the end of its discussion, it emphasizes the difficulty in broadening its conclusions to evolution. It has absolutely no mention about transgenesis. Moreover, promoters used in transgenesis have no similarity to those studied by the authors. Barbara Peters created the Armaggedon scenario by gluing different information and some rubbish, but has absolutely no scientific basis.
Barbara H. Peterson is retired from the California Department of Corrections, where she worked as a Correctional Officer at Folsom Prison. She has no training or expertise in molecular biology and I truly imagine how she would be able to read and understand the very dense paper from Stergachis and his colleagues. For a brief CV of Barbara, check http://www.opednews.com/author/author7335.html.
The fact is: there is a whole set of parrots, lacking even un ounce of criticism, that are just spreading the news, disgracing Stergachis and his team and falsely using Science authoritative papers to fuel a useless discussion. You may find the story copied and glued on dozens of sites in just a few days. Bad for the reader...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A clumsy attempt to discredit good papers in order to safeguard Séralini and other fake scientists


Jack Heinemann was very unfortunate to start his clean up of the world scientific literature by trying to discredit Avery et al. work on the chemical nature of genetic information. Avery´s original paper can be downloaded from http://www.nature.com/nature/dna50/archive.html. The reader must be informed that DNA components were already  known and were just six: four bases, a sugar and a phosphate. This composition looked too simple to allow the storage of genetic information, known to be quite complex. Therefore, scientists were not eager to accept DNA as the primary information molecule. Moreover, using a similar model, Griffith suggested many years before Avery and his colleagues that DNA could be the molecule of life, but he knew his experiments were far from been conclusive.  The reuse of the virulence factor as a model to study genetic transformation did not contribute to the immediate acceptance of Avery´s results. Avery´s paper is long and extremely detailed and the techniques and material used were new for most scientists. Finally, the results have been published in a medical journal during the Second World War, far from the headlights of the media. All these elements account for the late recognition of its importance and certainly not the lack of quality, as suggested by Heinemann (in his own words: “eight years? First sign that this is not a good paper”).
His second attempt to discredit the paper was directed to the possible presence of minute amounts of another substance, either associated to DNA or contaminating the transforming substance. Avery and his colleagues alerted the reader about this possibility, but adopted the position that DNA was the genetic messenger due to the bulk of evidences. Heinemann says this was “equivocal: second sign that this is not a good paper”. On the contrary: when the authors admitted that there was a small but very improbable chance that a contaminant was the informational molecule they followed a scientifically sound and transparent procedure.
His clumsy criticism extends to other important papers. As a scientist I can only understand Heinemann´s position as a joke and I am quite sure he is not trying to persuade anyone about his statements.